A catástrofe que atinge o Rio Grande do Sul trará muitos problemas a toda população brasileira em breve. Após as fortes chuvas no estado, o efeito disso será um aumento da inflação em vários alimentos, principalmente no arroz, carnes e no óleo de soja, produtos que o estado produz em grande escala.
Só para se ter ideia, o estado responde por cerca de 70% da produção total do Arroz no Brasil e isso afetará fortemente a oferta do produto nas prateleiras dos supermercados nos próximos meses, causando elevação do preço.
Ainda sem calcular o total do estrago causado pelas chuvas na economia, toda a estrutura do estado foi afetada, desde a produção até o transporte de alimentos. Para piorar, a situação vai demorar até melhorar, pois mais chuvas estão previstas nos próximos dias no estado o que vai causar mais demora até a baixa dos níveis do Guaíba, ainda acima de 5m.
Haddad falou sobre o preço do arroz
Nesta manhã, o ministro da Economia, Fernando Haddad, disse no programa 'Bom dia Ministro' transmitido pelo canal Gov que ainda é cedo para tirar conclusões, mas que o governo já vem acompanhando o caso de perto.
O presidente Lula disse ontem que qualquer medida que estiver ao alcance do Governo para minimizar esse problema do preço de alimentos, será tomada. Para isso, antecipou que 1 milhão de toneladas do produto será importada nos próximos dias.
"Isso é o Ministério da Agricultura que está acompanhando. Se não estou enganado, nosso consumo de arroz é em torno de 10 milhões de toneladas por ano. Vamos importar em breve cerca de 1 milhão de toneladas, 10% do consumo. Então temos que ver se isso será suficiente e de quanto as perdas serão. Ainda não temos os números preciso do que vai acontecer com a safra de arroz no Sul, pois antes da tragédia o preço já tinha começado a cair. Precisamos fazer um balanço e ver de quanto está o preço lá fora também, para verificar se vale a pena importar. É uma situação complexa." completou.
Economistas calculam que o preço médio do arroz deve subir de 20% a 30% nos próximos meses no país, tornando um dos produtos mais consumidos pelo brasileiro mais caro e pressionando também o valor da cesta básica.
O Dieese divulgou dados de maio da Cesta mostrando que São Paulo foi a capital onde o conjunto dos alimentos básicos apresentou o maior custo (R$ 822,24), seguida pelo Rio de Janeiro (R$ 801,15), por Florianópolis (R$ 781,53) e Porto Alegre (R$ 775,63). Nas cidades do Norte e do Nordeste, onde a composição da cesta é diferente, os menores valores médios foram registrados em Aracaju (R$ 582,11), João Pessoa (R$ 614,75) e Recife (R$ 617,28).
Em abril de 2024, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro
pessoas deveria ter sido de R$ 6.912,69 ou 4,90 vezes o mínimo reajustado em R$ 1.412,00.
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