Após as recentes mudanças no imposto estadual, o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), que elevaram o preço dos combustíveis e do gás de cozinha em quase todo o Brasil o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, falou nessa segunda-feira, dia 19, que, no que se refere ao gás de cozinha há ainda espaço para bastante redução.

Ele se referia ao preço que é cobrado pela Petrobras às refinarias, ou seja, ao preço de venda inicial do produto. No entanto, sempre que a Petrobras reduz seus preço de venda dos combustíveis, isso impacta também no consumidor final.

Um exemplo disso foi o que aconteceu em maio quando o governo anunciou a nova política de preços da Petrobras, não mais atrelada ao mercado externo e sim ao interno agora, e reduziu o preço do Diesel em R$ 0,44 por litro, da gasolina em R$ 0,40 por litro e do GLP em R$ 0,69 por quilo.

Na ocasião o preço da gasolina comum, por exemplo, chegou à média de R$ 5,21 nos postos de combustível. A partir de 1º de junho, no entanto, com o estabelecimento do ICMS fixo para todos os estado o valor voltou a subir e na última semana estava novamente na faixa dos R$ 5,42 por litro.

No caso do gás de cozinha, hoje um botijão de 13 quilos está custando cerca de R$ 103. No entanto, como disse o ministro, há espaço para o preço do gás cair em até 62% para as indústrias.

Créditos: M3Mídia
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Gás para Empregar

O ministério de Minas e Energia está na fase final de elaboração do programa Gás para Empregar, que pretende impulsionar a produção e a estrutura de distribuição do combustível.

E é por meio desse programa que o governo acredita que será possível a redução. Cálculos do ministério mostram que hoje o gás para a indústria é comercializado em contratos que vão de US$ 13,34/MMBtu (milhão de BTUs) a US$ 18,44/MMBtu.

O ministro Silveira defende que há espaço para aumentar a oferta no mercado, permitindo, assim, a queda no preço. Entretanto, para isso, precisaria haver uma mudança na estratégia de produção.

Hoje, parte do gás extraído é reinjetado nos poços, o que favorece a produção de petróleo. Ao reduzir em parte essa inserção e, assim, aumentar a oferta, as contas do ministério apostam que o preço pode chegar a US$ 7/MMBtu ou a US$ 8/MMBtu. A redução no preço, portanto, variaria de 40% a 62%.