Os servidores públicos federais convocaram por meio de seus sindicatos uma reunião importante com o governo federal na esperança de conseguir um reajuste salarial para o ano de 2024. Centrais sindicais que representam esses trabalhadores adiantaram que a proposta a ser apresentada vai variar entre 7,06% a 10,34%, dependendo da categoria.
A Mesa Nacional de Negociação Permanente está marcada para ocorrer na quarta-feira (28), às 14h30, em Brasília.
No final do ano passado, o governo brasileiro apresentou uma contraproposta em relação ao pedido inicial dos servidores, feito em julho de 2023. Embora tenha sido reconhecida como um "importante ponto de partida", a proposta ainda foi considerada insuficiente.
Oferta do Governo
A oferta governamental sugeriu um reajuste de 4,5% para 2025 e mais 4,5% para 2026. No entanto, para 2024, nenhum aumento salarial seria dado, o que foi visto pelos representantes dos servidores como uma afronta à categoria.
Rudinei Marques, presidente do Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado (Fonacate), expressou a insatisfação: "Na proposta do governo, não tem nada para 2024, zero. A gente acha isso um desrespeito com o funcionalismo, que passou tanto tempo sob ataques e com salários congelados."
A expectativa é que as negociações avancem para possibilitar o adiantamento de pelo menos algumas parcelas do reajuste para o segundo semestre deste ano.
O que dizem os sindicatos
As entidades sindicais destacaram que os valores propostos para o aumento de benefícios, como auxílio-alimentação, saúde suplementar e auxílio-creche, não alcançam a equiparação com os servidores do Legislativo e do Judiciário.
A proposta inclui um aumento de 52% no auxílio-alimentação, chegando a R$ 1.000 a partir de maio. Para saúde suplementar e assistência pré-escolar, a proposta é um aumento de 51%.
Vale destacar que o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) não apresentou proposta para este ano. Conforme as entidades, "a contraproposta considera as reposições e perdas salariais das categorias".
A proposta de reajuste está dividida em dois blocos percentuais. O primeiro abrange categorias que tiveram reajuste em 2016 e 2017, enquanto o segundo engloba o período de 2016 a 2019. Para o período de 2024 a 2026, o bloco 1 teria um reajuste de 10,34% ao ano, totalizando 34,32%. Já o bloco 2 receberia 7,06%, somando 22,71%.
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