Um documento publicado no Diário Oficial Eletrônico da Justiça Estadual do Paraná de 13 de março vem chamando atenção dos concurseiros no estado. Nele, o presidente do órgão, Adalberto Jorge Xisto Pereira, designa o Desembargador Sergio Arenhart para presidir a Comissão do concurso para provimento de vagas do cargo de Técnico Judiciário do Quadro de Pessoal do 1º Grau de Jurisdição do Tribunal de Justiça do Estado. Confira:
Recentemente o Tribunal divulgou uma nota de esclarecimento em seu site informando da suspensão temporária do concurso público regido pelo edital nº 01/2017. O certame era justamente destinado ao provimento de cargos de Técnico Judiciário do 1º Grau de Jurisdição. Assim, a expectativa é da retomada do concurso em breve.
A suspensão se deu em razão da modificação da cúpula diretiva do Tribunal, bem como da necessidade de avaliação de decisões do Conselho Nacional de Justiça, sobretudo quanto à força de trabalho do primeiro grau de jurisdição. Ainda não se sabe se as inscrições serão reabertas ou se somente haverá a realização das provas dos já inscritos no concurso aberto em 2017 e posteriormente reaberto em 2018.
O TJPR pediu um tempo maior no concurso para realização de estudos sobre o impacto da determinação do Conselho Nacional de Justiça, para que diversas serventias judiciais do Estado sejam estatizadas. Esta também foi uma das circunstâncias que justificam a parada do certame aberto há dois anos.
Entenda
O Tribunal de Justiça do Paraná lançou edital de concurso em janeiro de 2017, abrindo inscrições para 100 vagas no cargo de Técnico Judiciário. Após mais de um ano sem publicar a data das provas, em maio de 2018, foram reabertas as inscrições para o certame, então para 114 vagas. Desde então, porém, o certame estava sem um cronograma definido e os candidatos já inscritos aguardavam a realização das provas.
Em agosto de 2018, chegaram a ser publicadas algumas informações referentes a relação nominal dos candidatos que alteraram suas inscrições para concorrer às vagas reservadas a negros e às vagas reservadas para pessoas com deficiência, além da relação nominal dos candidatos que desistiram do concurso no prazo estipulado pelo edital. Isso, no entanto, só serviu para aumentar o incômodo no grande número de inscritos que esperam há quase dois anos pela divulgação da data de provas.
Contudo, não são só os atrasos que indignam os candidatos. O TJ-PR possui um grande excesso de cargos comissionados.Segundo reportagem veiculada em setembro de 2018, no Paraná Portal, foi apontado que 90% dos cargos em comissão não estão sendo ocupados por servidores concursados, e sim por terceirizados e estagiários. O percentual permitido, porém, é de no máximo 50%, o que acarretou em uma autuação para o TJ-PR, emitida pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que pediu uma adequação.[RELACIONADO]
Também, há registros de diversas irregularidades, como servidores com férias acumuladas há 13 anos, gastos excessivos com indenizações por férias não usufruídas, má distribuição de servidores entre 1ª e 2ª grau de jurisdição, que geraram situações constrangedoras para o órgão e causaram revolta entre aqueles que aguardam pela continuação do concurso. - saiba mais sobre essas questões.
Nas redes sociais, a nota do TJ-PR vem circulando em grupos relacionados ao concurso, e diversos usuários que se inscreveram no certame comentam sobre a falta de organização e a indignação da espera pela realização das provas.
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