A terceira fase da Operação Panoptes, que investiga a máfia dos concursos no país, desencadeou nesta quarta-feira a operação Magister, onde a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) cumpre seis mandados de prisão de professores da rede pública aprovados no concurso da Secretaria de Educação-DF. Ao todo, são 11 mandados de prisão temporária e 12 de busca e apreensão em diversas regiões do Distrito Federal.

De acordo com a Polícia Civil, os candidatos que compraram as vagas nos concursos são alvo das investigações. O valor variava de acordo com o concurso e era de até 20 vezes o salário do cargo. Nas duas primeiras fases, 12 pessoas foram presas, suspeitas de aliciar os candidatos para a realização da fraude. Segundo a Polícia Civil, entre os presos estava Hélio Ortiz, considerado o líder do grupo.

Professores e servidores da Secretaria de Educação, recém-empossados, teriam conseguido aprovação de forma irregular, pagando para serem beneficiados pelo esquema. Segundo a PCDF, aprovados em pelo menos outros 10 concursos estão sob investigação.

De acordo com as investigações, a organização criminosa utilizava quatro formas de fraudes: uso de pontos eletrônicos por onde os candidatos recebiam as respostas; uso de aparelhos celulares deixados em locais da prova, como nos banheiros; utilização de identidades falsas, para que uma pessoa se passasse pelo candidato; participação de integrantes das bancas examinadoras na organização criminosa.

O nome da operação, Panoptes, tem como referência um gigante de 100 olhos da mitologia grega, dada a complexidade da investigação.

Com informações da Agência Brasil - EBC