O próximo dia 6 de março será feriado para o povo pernambucano. A data é considerada um feriado estadual desde 2017, quando a Assembleia do estado oficializou a comemoração do feriado estadual da Data Magna, celebrado anualmente no dia 6 de março.

Neste ano, a data cai em uma quarta-feira e será feriado para os trabalhadores locais. No entanto, mesmo com a empolgação pela folga, muitos pernambucanos ainda desconhecem o motivo por trás da celebração. Confira.

Revolução Pernambucana

O feriado da Data Magna foi instituído em 2017 após a aprovação da Lei nº 16.059/2017 na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe). Mas afinal, por que o 6 de março? A resposta remonta a um episódio marcante da história do estado: a Revolução Pernambucana de 1817.

Nesse dia, há 207 anos, teve início um movimento que culminaria na formação de um estado independente, conflito que perdurou por 75 dias. Esse Estado independente abrangia territórios que hoje pertencem a Alagoas, Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte.

No fatídico dia 6 de março de 1817, em meio a um clima de instabilidade política, o governador de Pernambuco, Caetano Pinto, reagiu a rumores de um movimento libertário liderado por opositores à corte portuguesa.

Ao ficar sabendo dos planos revolucionários, o governador ordenou a prisão dos líderes do movimento. O capitão José de Barros Lima, conhecido como "Leão Coroado", reagiu à voz de prisão e assassinou com uma espada o comandante português que tentou prendê-lo próximo ao Forte das Cinco Pontas, no Recife. Isso desencadeou uma série de eventos, incluindo a fuga de oficiais portugueses e a libertação de manifestantes presos pelos insurgentes.

Entretanto, a reação da Coroa Portuguesa, representada por Dom João VI, foi implacável. Em poucos dias, 8 mil homens cercaram a capitania. No interior, a batalha decisiva foi travada na localidade de Ipojuca. Derrotados, os revolucionários tiveram de recuar em direção a Recife. Em 19 de maio as tropas portuguesas entraram na cidade e a encontraram abandonada e sem defesa. O governo provisório, isolado, se rendeu no dia seguinte. Os embates se estenderam por 75 dias e resultaram na derrota dos rebeldes. Ainda assim, o episódio marcou a força do povo local contra a colonização portuguesa.