Na última quinta-feira, 8 de agosto, os trabalhadores dos Correios aprovaram uma greve por tempo indeterminado, com a participação de carteiros, motoristas e trabalhadores das áreas de tratamento e atendimento.
A paralisação já afeta nove estados, segundo a Federação Interestadual dos Sindicatos dos Trabalhadores dos Correios (Findect), abrangendo São Paulo, Alagoas, Rio de Janeiro, Ceará, Maranhão, Paraná, Piauí, Rio Grande do Sul e Tocantins.
92% do efetivo em atividade
Apesar da greve, os Correios informaram em nota que 92% do efetivo da empresa permanece em atividade, com todas as agências operando normalmente e os serviços sendo prestados à população.
A empresa também destacou que medidas de contingenciamento foram adotadas para garantir o funcionamento dos serviços, incluindo o remanejamento de profissionais e a realização de horas extras para cobrir as ausências devido à paralisação.
"Os Correios seguem operando normalmente em todo o país, com cerca de 92% do efetivo trabalhando. Todas as agências do Brasil estão abertas e as entregas estão sendo realizadas. A empresa já adotou medidas como remanejamento de profissionais e realização de horas extras para cobrir as ausências pontuais e localizadas devido à paralisação anunciada pelo sindicato, disse o órgão."
Motivos da greve
Douglas Ramos, diretor de comunicação do Findect, destacou que os trabalhadores exigem a redução da coparticipação no plano de saúde, além de um reajuste salarial pela inflação e um aumento linear de R$ 300 para todos os cargos ainda este ano.
Por outro lado, a empresa disse que dará um reajuste de 6,05% nos salários a partir de 2025, com um adicional de 4,11% a partir deste mês, além de um aumento de 20% para motoristas e motociclistas. A empresa também anunciou a previsão de redução da coparticipação no plano de saúde de 30% para 15% e a realização do novo concurso público para suprir a demanda por mais trabalhadores.
- O Correio propôs aumento de 6,05% para os mais de 85 mil trabalhadores da empresa, a partir de janeiro de 2025
- A empresa também vai dar aumento nos benefícios em 4,11% a partir de agosto de 2024, além de um aumento de 20% para motociclistas e motoristas.
- Adicionalmente, o pagamento de um vale alimentação/refeição extra de R$ 50,93 entre agosto e dezembro de 2024 para empregados com remuneração de até R$ 7,3 mil, além de um "vale-peru" de R$ 1.120,47 para todos os trabalhadores em dezembro de 2024.
- Os Correios informaram que a alteração do regulamento para reduzir a coparticipação no plano de saúde de 30% para 15% deve ser implementada no próximo mês. A mudança também prevê a isenção de cobrança de mensalidades para tratamentos como quimioterapia, radioterapia, hemodiálise e home-care, além da extinção da cobrança sobre rubricas variáveis.
Sindicato não aceita
As negociações avançaram em diversas áreas sociais, incluindo o aperfeiçoamento de Grupos de Trabalho para Anistia e Revisão de Processos Administrativos, atendimento psicossocial para vítimas de assédio, aumento da licença paternidade e adoção, e incentivos para mulheres na liderança da empresa, mas ainda é pouco, segundo o sindicato da categoria.
Uma nova assembleia está marcada para a próxima quarta-feira, 14 de agosto, para discutir os rumos do movimento. Até lá, os servidores seguem em greve, conforme informou o Sintect.
Qual o motivo da greve dos Correios?
Douglas Ramos, diretor de comunicação do Findect, destacou que os trabalhadores exigem a redução da coparticipação no plano de saúde, além de um reajuste salarial pela inflação e um aumento linear de R$ 300 para todos os cargos ainda este ano.
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