Nos últimos dias, mais de 250 auditores fiscais do trabalho de todo o país deixaram seus postos de chefia e coordenação em áreas como combate ao trabalho escravo e infantil, e fiscalização de segurança e saúde, em mobilização por condições melhores de trabalho e reajuste salarial.
Os servidores alegam falta de estrutura e falta de equipamentos para fazer as fiscalizações, além da sobrecarga de trabalho causada por déficit de funcionários.
De acordo com o Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho (Sinait), a categoria atua com uma força de trabalho 40% menor do que o previsto em lei.
Quadro tem 46% de cargos vagos
Ainda, dados do painel estatístico de pessoal do governo federal demonstram que essa redução ocorre desde 2007. Na época, cerca de 3.191 auditores estavam ativos, porém esse número caiu para 1.913 em dezembro do ano passado.
Atualmente há cerca de 1.913 postos ocupados e 1.608 vagos, apesar de haver 3.521 cargos aprovados atualmente.
"Temos o pior quadro de auditores dos últimos 34 anos, e a expressão do trabalho foi reduzida quase à metade. Em razão dessa falta, os servidores estão sobrecarregados", salienta Bob Everson Machado, presidente do Sinait.
Servidores em cargos de chefia estão deixando os postos desde o dia 10 de janeiro. Eles mantiveram atividades dadas como essenciais, relacionadas a riscos iminentes.
Outra auditora fiscal do estado de SC alega que se tornou responsável por três áreas devido a falta de servidores.
"Estamos com escassez de recursos humanos grande, com concursos atrasados e remuneração aquém do que entendemos ser o merecido", afirma a Auditora.
Diz ainda que há apenas um motorista para levar os auditores aos locais que serão fiscalizados, o que dificulta a realização do trabalho.
O Ministério do Trabalho diz reconhecer o déficit e afirma ainda que está trabalhando para entregar novos veículos neste semestre, além de outros equipamentos de trabalho.
O último concurso público para o cargo foi realizado em 2013 quando foram ofertadas só 100 vagas para o cargo de Auditor Fiscal do Trabalho. Cargo exigiu nível superior em qualquer área com remuneração de R$ 14.280,00 na época.
Concurso para Auditores está aberto no CNU
A boa notícia é que o Concurso Nacional Unificado ou "Enem dos Concursos" tem agora 900 vagas na carreira, porém, conforme o presidente do sindicato da categoria, esse número ainda não será suficiente para suprir o desfalque de pessoal.
As 900 vagas tem um salário inicial de R$ 22.921,71. Além do salário, os funcionários recebem auxílio alimentação no valor de R$ 658,00 e bônus de eficiência e produtividades no valor de R$ 3.000,00. As vagas serão destinadas às Gerências Regionais do Trabalho e Emprego (GRTE) ou Sede das Superintendências Regionais do Trabalho e Emprego de todo o país.
- Confira o edital do concurso de AFT 2024
Para concorrer às vagas é necessário possuir certificado de conclusão ou diploma, devidamente registrado em qualquer área de graduação, devidamente registrado, fornecido por instituição de ensino superior reconhecida pelo Ministério da Educação (MEC). Veja mais do concurso:
Siga o Ache Concursos no G o o g l e News e receba alertas e as principais notícias sobre concursos, empregos, estágios, governo e benefícios sociais.
😕 Poxa, o que podemos melhorar?
😃 Boa, seu feedback foi enviado!
✋ Você já nos enviou um feedback para este texto.