Após o rastro de destruição deixado pelas fortes chuvas e enchentes no Rio Grande do Sul, muitas famílias em situação de calamidade estão em abrigos temporários. Os temporais causaram já 147 mortes registradas até o momento. Segundo o relatório da Defesa Civil, há ainda 127 pessoas desaparecidas e 806 feridas.

A situação de desabrigo afeta aproximadamente 615,6 mil pessoas, das quais 77,4 mil encontram-se em abrigos e 538,2 mil foram deslocadas, buscando refúgio em casas de amigos e familiares. Diante desse cenário, o Ministério das Cidades anunciou medidas de apoio para os moradores do estado.

Uma das medidas anunciadas pelo ministro das Cidades, Jader Filho, é a possibilidade de pausa nos financiamentos habitacionais para famílias que utilizam recursos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), seja pelo programa Minha Casa, Minha Vida ou pelo Pró-Cotista. Essa pausa pode durar até seis meses e tem como objetivo aliviar as despesas das famílias afetadas pelas enchentes.

Pausa nos Financiamentos Habitacionais

Para solicitar a suspensão das cobranças, basta entrar em contato com a Caixa Econômica Federal pelo número 0800 104 0104 ou ir até uma agência do banco.

Além da pausa nos financiamentos habitacionais, o Governo Federal tem tomado outras medidas de apoio à população gaúcha. Desde o início da situação de calamidade, foram anunciados mais de R$ 50 bilhões em recursos para ações no estado, incluindo um possível Auxílio Emergencial.

Entre as iniciativas estão a liberação de crédito extraordinário para compra e distribuição de alimentos, reposição de medicamentos, reconstrução da infraestrutura rodoviária e investimentos em segurança pública. Também foram abertas novas linhas de crédito para micro, pequenas e médias empresas, além da liberação para movimentação de recursos do Bolsa Família para beneficiários de municípios gaúchos.

Para coordenar as ações de recuperação e auxílio emergencial, o governo vai congelar por 36 meses o pagamento das parcelas da dívida do estado com a União, além de não cobrar os juros desse período, o que totaliza R$ 23 bilhões. Essa ação vai ajudar na reconstrução das áreas afetadas, garantindo o suporte necessário às comunidades atingidas pelas enchentes.