As polêmicas após a troca de gestão no governo federal não param de surgir. Agora, a mais recente descoberta do ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, é de que os computadores que gerenciam o Cadastro Único (CadÚnico) sofreram um grave apagão em 2022.
O Cadastro Único gerencia todos os programas sociais e é o "cérebro" que gerencia os benefícios sociais do governo, como, por exemplo, o Bolsa Família. E em agosto, eles teriam sofrido um apagão de energia elétrica, o que danificou equipamentos, bem como interrompeu vários serviços.
Essa falha permitiu a inclusão de pessoas no programa sem qualquer filtro de checagem. Enquanto isso, muitos beneficiários perderam o benefício, mesmo tendo direito ao mesmo, disse o ministro.
Apagão é alvo de investigação
Este sistema do Cadúnico é uma ferramenta fundamental para manter o cadastro do Bolsa Família atualizado. De acordo com o ministro, o sistema deve voltar a funcionar agora, e estar disponível ainda no início deste mês.
Porém, o apagão que iniciou em agosto está sob investigação interna da Controladoria-Geral da União (CGU). Dias explica: "São muito fortes os indícios de que esse apagão tenha sido feito com o propósito de, ao se perder o controle, a capacidade de passar por análise criteriosa, fazer uma política eleitoral com uso de um programa social robusto como o Auxílio Brasil", acusou.
Até o presente momento, a investigação está sendo feita pelo ministério, CGU e pela AGU (Advocacia-Geral da União).
Governo Bolsonaro sabia do apagão
Os documentos internos do Ministério da Cidadania apontam que o governo de Jair Bolsonaro foi notificado em agosto de 2022, que o apagão do sistema da pasta "impactou negativamente" a prestação de serviços como o Auxílio Brasil.
Assim, o sistema começou a funcionar de forma precária até janeiro de 2023. E com isso, a análise dos benefícios também foi prejudicada, explica o ministro Dias.
Segundo o ofício da coordenação de infraestrutura da pasta, "Tal incidente gerou múltiplas falhas e indisponibilidades nos serviços e sistemas deste ministério, impactando negativamente, tanto nos processos internos, quanto nos programas sociais de governo destinadas ao cidadão".
Ex-ministro nega qualquer problema
Quando procurado, o ex-ministro da Cidadania Ronaldo Bento, disse que "as afirmações não procedem". Ele afirma: "As informações não procedem. Foi contratado certo. E em nenhum momento ficou sem o sistema nem ocasionou prejuízo à entrega das políticas públicas".
Entretanto, os documentos do ministérios feitos em agosto mostram que a falha "gerou múltiplas falhas e indisponibilidades nos serviços e sistemas" da pasta, "impactando negativamente, tanto nos processos internos, quanto nos programas sociais de governo destinadas ao cidadão."
Por fim, vale ressaltar que o governo possui 3 bases de dados para formar o cadastro único (CadÚnico). São eles: Caixa, Dataprev e Serpro. O sistema que sofreu a falha, era responsável por consolidar e reunir estas informações. É através desse banco de dados, que o governo consegue cruzar os dados e saber se a família tem ou não direito ao benefício do governo federal.
Que falha ocorreu no CadÚnico durante o governo Bolsonaro?
Segundo o governo Lula, os computadores que gerenciam o Cadastro Único (CadÚnico) sofreram um grave apagão em 2022. E em agosto, eles teriam sofrido um apagão de energia elétrica, o que danificou equipamentos, bem como interrompeu vários serviços.
Quais as bases do programa Cadastro Único?
O governo possui 3 bases de dados para formar o cadastro único (CadÚnico). São eles: Caixa, Dataprev e Serpro. O sistema que sofreu a falha, era responsável por consolidar e reunir as informações. É através desse banco de dados, que o governo consegue cruzar os dados e saber se a família tem ou não direito ao benefício do governo federal.
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