O governo divulgou o Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) para o ano de 2025 e a novidade não é animadora para as contas públicas. O Ministério do Planejamento decidiu fazer modificações nas metas de superávit primário e na redução da dívida pública nos próximos anos, tendo agora um "cenário mais realista", disse o governo.
O governo havia previsto um superávit primário de 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB) para 2025, mas isso não deve mais ocorrer - essa meta caiu para zero, mantendo a mesma meta de 2024, que também não deve ser alcançada.
Agora, a LDO prevê um superávit de 0,25% do PIB só em 2026, de 0,5% em 2027 e 1% em 2028. Segundo as regras fiscais, a meta de resultado das contas públicas é considerada cumprida se ficar até 0,25% do PIB acima ou abaixo do percentual fixado em lei. Isso equivale ao valor de R$ 31 bilhões para mais ou para menos.
Salário mínimo para 2025
Segundo as projeções da LDO, a dívida pública só deve começar a diminuir em 2028. Isso significa que o governo terá um prazo maior para realizar ajustes fiscais e reduzir a dívida do país.
A previsão é de um aumento no salário mínimo de 6,37%, o que deve elevar o mínimo dos atuais R$ 1.412 para R$ 1.502 em 2025. Com inflação estimada na casa dos 4%, haverá ganho real para quem recebe o mínimo nacional, política já anunciada pelo Governo Lula desde o início do mandato.
O projeto prevê um pequeno superávit de R$ 10,8 bilhões, considerando receitas de R$ 2,319,7 trilhões e despesas de R$ 2,348,8 trilhões. Cerca de R$ 40 bilhões em precatórios não são contados para o resultado fiscal.
O governo busca apresentar um cenário mais realista para a economia do país. Essas mudanças têm como objetivo mostrar aos agentes econômicos uma trajetória factível e promover um planejamento mais adequado para os próximos anos. É esperar para ver.
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