Na última terça-feira, 24, as associações de empresas aéreas emitiram um alerta sobre os potenciais impactos da retomada do horário de verão sem o devido planejamento prévio. As entidades, que incluem a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), a Associação Latino-Americana e do Caribe de Transporte Aéreo (ALTA), a International Air Transport Association (IATA) e a Junta de Representantes das Companhias Aéreas Internacionais do Brasil (JURCAIB), solicitaram um prazo mínimo de 180 dias entre a publicação do decreto e a implementação da mudança.
De acordo com a nota, a alteração repentina do horário pode prejudicar as operações logísticas e afetar seriamente a conectividade aérea no país, principalmente em voos internacionais e domésticos. "A mudança abrupta implicaria na alteração dos horários de voos em cidades brasileiras e no exterior que não aderem ao horário de verão, o que poderia ocasionar atrasos e até perda de conexões para os passageiros", destacam as associações.
Aumento de voos no final do ano
A preocupação é ainda maior devido à proximidade das festas de final de ano, quando o movimento nos aeroportos tende a aumentar. "Os horários de voos já estão em comercialização há meses. Uma mudança sem aviso prévio causaria transtornos significativos, tanto para os passageiros quanto para as companhias aéreas", ressaltou o comunicado.
A proposta de retomada do horário de verão ganhou força após o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) recomendar, na última quinta-feira (19), a adoção da medida como uma forma de economizar energia. De acordo com o ONS, a adoção do horário de verão poderia reduzir a demanda máxima de energia elétrica em até 2,9%, resultando em uma economia de R$ 400 milhões durante o período entre outubro e fevereiro.
Embora o governo federal ainda esteja avaliando a questão, as empresas aéreas reforçam a necessidade de um planejamento adequado para evitar complicações operacionais e transtornos aos passageiros.
Mas afinal o horário de verão pode voltar em 2024?
Nas últimas semanas, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, mencionou a possibilidade do retorno do horário de verão em 2024. Ele afirmou que a medida está sendo avaliada como uma forma de aproveitar melhor a luz natural e reduzir o consumo de energia em momentos de alta demanda.
"O horário de verão é uma possibilidade real, mas não há decisão final, pois envolve tanto questões energéticas quanto econômicas", destacou o ministro, ressaltando que a mudança pode ajudar a diminuir o uso de termelétricas nos horários de pico, embora tenha impacto direto na rotina da população.
O que pode prejudicar a volta do horário de verão para as empresas aéreas?
De acordo com a nota, a alteração repentina do horário pode prejudicar as operações logísticas e afetar seriamente a conectividade aérea no país, principalmente em voos internacionais e domésticos. A preocupação é ainda maior devido à proximidade das festas de final de ano, quando o movimento nos aeroportos tende a aumentar.
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