O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), principal indicador da inflação no Brasil, encerrou 2024 com alta acumulada de 4,83%. Este resultado supera o registrado no ano anterior e ultrapassa o teto da meta de inflação estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), de até 4,5%.
Em dezembro de 2024, o IPCA apresentou alta de 0,52%, superando a taxa de novembro (0,39%), mas permanecendo abaixo do índice de dezembro de 2023 (0,56%). Veja a evolução Mensal do IPCA em 2024 (%):
- Janeiro: 0,42%
- Fevereiro: 0,83%
- Março: 0,16%
- Abril: 0,38%
- Maio: 0,46%
- Junho: 0,21%
- Julho: 0,38%
- Agosto: -0,02%
- Setembro: 0,44%
- Outubro: 0,56%
- Novembro: 0,39%
- Dezembro: 0,52%
- Total: 4,83%
Principais contribuições para o IPCA de 2024
O grupo Alimentação e Bebidas foi o maior responsável pela inflação do ano, acumulando alta de 7,69% e contribuindo com 1,63 p.p. para o IPCA. Os grupos Saúde e Cuidados Pessoais (6,09%) e Transportes (3,30%) também foram impactados, adicionando 0,81 p.p. e 0,69 p.p., respectivamente. Juntos, esses três grupos representaram aproximadamente 65% da inflação anual.
Impactos individuais relevantes
- A gasolina foi o subitem com maior impacto individual, contribuindo com 0,48 p.p. e acumulando alta de 9,71% em 2024.
- Planos de saúde apresentaram aumento de 7,87%, com impacto de 0,31 p.p.
- Refeição fora do domicílio subiu 5,70%, influenciando o índice em 0,20 p.p.
- O café moído acumulou alta de 39,60%, contribuindo com 0,15 p.p.
Por outro lado, subitens como passagens aéreas (-22,20%), tomate (-25,86%) e cebola (-35,31%) ajudaram a conter a inflação, com impactos negativos de -0,21 p.p. e -0,07 p.p., respectivamente.
Desempenho regional
Entre as 16 regiões pesquisadas, São Luís liderou com a maior inflação acumulada em 2024 (6,51%), impulsionada pelas altas na gasolina (14,24%) e nas carnes (16,01%). Belo Horizonte (5,96%) e Goiânia (5,56%) ficaram em segundo e terceiro lugar.
Na região metropolitana de São Paulo, a inflação foi de 5,01%, enquanto no Rio de Janeiro o acumulado foi de 4,69%. O menor índice foi registrado em Porto Alegre (3,57%), influenciado por quedas locais nos preços de cebola, tomate e passagens aéreas.
O IPCA reflete os preços para famílias com rendimentos de 1 a 40 salários mínimos, abrangendo as regiões metropolitanas de Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Vitória, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Porto Alegre, além do Distrito Federal e outros municípios. O próximo resultado, referente a janeiro de 2025, será divulgado em 8 de fevereiro.
INPC de 2024
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que reflete a inflação para famílias com renda de até cinco salários mínimos, encerrou o ano em 4,77%, puxado principalmente pelo grupo Alimentação e Bebidas, que acumulou alta de 7,60% (impacto de 1,83 p.p.).
Segundo Fernando Gonçalves, gerente do IPCA, "as condições climáticas adversas impactaram fortemente os itens alimentícios, enquanto a gasolina continuou sendo um dos principais fatores de pressão inflacionária, assim como em 2023".
Qual o acumulado do IPCA em 2024?
Em dezembro de 2024, o IPCA apresentou alta de 0,52%, superando a taxa de novembro (0,39%), mas permanecendo abaixo do índice de dezembro de 2023 (0,56%). Com isso, o IPCA acumulou uma elevação de 4,83% ao longo do ano, acima do acumulado de 2023 (4,62%) e ultrapassando em 0,33 pontos percentuais (p.p.) o teto da meta de inflação definida pelo CMN.
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