Na última quarta-feira (23), servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) entraram em greve em todo o país. A paralisação foi consolidada em plenária pela Federação Nacional dos Sindicatos de Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social (Fenasps) ainda no dia 05 de março. Entre as principais reivindicações da categoria, estão a formação de um novo concurso do INSS.

Desde 2019, o INSS reduziu significativamente os seus custos administrativos com a aposentadoria de quase 50% dos servidores efetivos. Desta forma, a necessidade atual seria de um novo concurso que abrangesse 3 mil vagas para peritos.

Em levantamento feito pelo Comando Nacional de Greve (CNG) da Fenasps, até esta segunda-feira (28), 22 estados brasileiros já haviam aderido a greve. Apenas os estados do Amazonas, Paraíba, Roraima e Rio de Janeiro permaneciam em funcionamento.

Infelizmente, as circunstâncias apontam para que não se tenha um concurso do INSS ainda este ano. De acordo com o presidente do Instituto Nacional do Seguro Social, José Carlos Oliveira:

A expectativa é que o desempenho desse ano seja ainda melhor do que o do ano anterior, mesmo sabendo que a força de trabalho disponível diminuirá e não haverá reposição nem por meio de concurso público, nem por meio de contrato por tempo determinado"

Das diversas exigências dos servidores, destaca-se a reivindicação do reajuste de 19,99% nos salários dos servidores. Além disso, peritos médicos, reinvindicam a fixação de, no máximo, 12 atendimentos presencias como meta diária.

e a realização de um novo concurso INSS, com 3 mil vagas para peritos.

Além de um novo concurso, constam nas reivindicações dos servidores:

  • Reajuste de 19,99%;
  • Retirada da PEC 32 (reforma administrativa) do Congresso;
  • Revogação da Emenda Constitucional do Teto dos Gastos;
  • Recomposição salarial data-base;
  • Reajuste dos auxílios alimentação, creche e saúde;
  • Reestruturação da carreira típica de estado para o seguro social;
  • Nível superior para ingresso ao cargo de técnico do Seguro Social;
  • Rediscussão dos processos de trabalho;
  • Fim dos adicionais de meta para o teletrabalho;
  • Auxílio teletrabalho para o uso de internet, energia, mobiliário e equipamentos - Jornada de 30 horas semanais para o atendimento de qualidade para a população;
  • Fim da terceirização do INSS;
  • Derrubada do veto de R$ 1 bilhão do orçamento do INSS;
  • Não ao fechamento das Agências do INSS e;
  • Defesa do direito ao atendimento presencial ao cidadão nas unidades do órgão;
  • Profissionalização da Carreira do Seguro Social.

Paralisações

Esta não é a primeira paralisação nacional realizada pelos servidores do INSS. Em janeiro (31), 25 mil atendimentos foram prejudicados, seguindo pela paralisação dos dias 8 e 9 de fevereiro, que afetou 50 mil perícias médicas