Milhares de aposentados e pensionistas do Brasil estão prestes a receber uma importante reparação financeira. O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) foi obrigado a liberar mais de R$ 2,3 bilhões em Requisições de Pequeno Valor (RPVs) para beneficiários que venceram disputas judiciais contra o órgão. A medida, anunciada pelo Conselho da Justiça Federal (CJF), diz respeito a uma correção de falhas históricas cometidas na concessão de benefícios previdenciários.
Os valores liberados contemplam mais de 144 mil segurados em todo o país, resultado de 109.405 processos autuados em tribunais federais. Essas ações judiciais, na maioria das vezes, envolvem erros de cálculo, períodos trabalhados não reconhecidos e omissões na análise de aposentadorias, pensões e auxílios.
O que são RPVs e por que são importantes?
As Requisições de Pequeno Valor (RPVs) são instrumentos utilizados para o pagamento de valores devidos pela União e por autarquias como o INSS, quando o montante não ultrapassa 60 salários mínimos — atualmente, cerca de R$ 90 mil. Diferente dos precatórios, que podem levar anos para serem quitados, as RPVs são pagas em um prazo mais curto, geralmente até dois meses após a autorização judicial.
Essa agilidade é fundamental para segurados que, em muitos casos, esperaram anos pelo reconhecimento de um direito negado.
Por que os benefícios são revisados?
As revisões de benefícios ocorrem por diversos motivos, como:
- Mudanças na legislação que ampliam os direitos dos segurados;
- Erros cometidos pelo INSS ao calcular o valor do benefício;
- Tempo de contribuição não incluído na análise;
- Falhas na concessão de benefícios por incapacidade.
Essas falhas podem ser contestadas na Justiça, e caso o juiz reconheça o direito do aposentado ou pensionista, o INSS é obrigado a refazer os cálculos e pagar os valores retroativos — o que gera o pagamento das RPVs.
Como saber se tem direito?
Os segurados que venceram ações judiciais podem consultar se têm RPVs liberadas nos sites dos Tribunais Regionais Federais (TRFs). Para fazer a consulta, é necessário informar o número do processo, CPF e, em alguns casos, o número da OAB do advogado responsável.
Veja onde consultar:
- TRF1 - Região Norte/Centro-Oeste
- TRF2 - Rio de Janeiro e Espírito Santo
- TRF3 - São Paulo e Mato Grosso do Sul
- TRF4 - Sul do Brasil
- TRF5 - Nordeste
- TRF6 - Minas Gerais
Como receber os valores?
Depois da liberação, os valores das RPVs são pagos normalmente via Banco do Brasil ou Caixa Econômica Federal. Para isso, o segurado deve:
- Confirmar a liberação no site do TRF da sua região;
- Reunir os documentos necessários (CPF, RG, comprovante de residência, número do processo);
- Dirigir-se à agência bancária indicada.
No entanto, é importante:
- Manter seus dados atualizados no INSS e nos sistemas da Justiça Federal.
- Acompanhar o processo com um advogado, que pode oferecer suporte técnico e garantir que não haja prejuízos no recebimento.
- Evitar golpes: os pagamentos de RPVs não exigem nenhum depósito antecipado ou pagamento de taxas.
Como saber se tenho direito aos RPV's do INSS?
Os segurados que venceram ações judiciais podem consultar se têm RPVs liberadas nos sites dos Tribunais Regionais Federais (TRFs). Para fazer a consulta, é necessário informar o número do processo, CPF e, em alguns casos, o número da OAB do advogado responsável.
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