A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), vinculada ao Ministério da Educação (MEC), divulgou os critérios para a distribuição de bolsas para o período de março de 2025 a fevereiro de 2026.

O total de benefícios aumentou para 91,2 mil, e uma das principais mudanças deste ano é a consideração da taxa de utilização das bolsas nos cursos. Aqueles que não atingiram pelo menos 90% de uso em 2024 terão seus benefícios remanejados para otimizar o atendimento aos pós-graduandos.

As informações constam na Portaria nº 53/2025, publicada em 17 de março, e retificada em 20 de março pela Portaria nº 55/2025.

Critérios de distribuição

A CAPES mantém um modelo de concessão de bolsas que leva em conta o desempenho acadêmico e busca reduzir desigualdades regionais. O modelo considera:

  • Nota e nível do curso (mestrado ou doutorado);
  • Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM), para priorizar cursos em municípios com menor desenvolvimento;
  • Titulação Média dos Cursos (TMC), que estima a duração média da formação (dois anos para mestrado e quatro para doutorado).

Os cursos em municípios com IDHM mais baixo continuam a receber maior quantidade de bolsas. Em 2025, a CAPES também ampliou a distribuição para outras faixas do índice, garantindo um aumento progressivo de bolsas.

Programas contemplados

A distribuição das bolsas vale para os seguintes programas:

  • Demanda Social (DS)
  • Excelência Acadêmica (Proex)
  • Suporte à Pós-Graduação de Instituições de Ensino Particulares (Prosup)
  • Suporte à Pós-Graduação de Instituições Comunitárias de Educação Superior (Prosuc)

A CAPES anunciará, nos próximos dias, uma portaria referente à Cota de Bolsas da Pró-Reitoria.

As planilhas com a distribuição estão disponíveis nos sites dos programas.

O senador Angelo Coronel (PSD-BA), relator do Orçamento de 2025 na Comissão Mista de Orçamento (CMO), assegurou que os recursos para as bolsas da CAPES estão garantidos. Durante a leitura do parecer, em 20 de março, ele destacou que o programa conta com um orçamento de R$ 4,2 bilhões, assim como outros programas sociais prioritários, como o Bolsa Família e o Farmácia Popular. Segundo o senador, o objetivo é manter e ampliar o suporte financeiro às iniciativas que impactam diretamente milhões de brasileiros.