Menos de um ano após as enchentes que assolaram o Rio Grande do Sul em maio de 2024, o estado agora enfrenta uma nova adversidade climática. O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional, juntamente com a Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil, reconheceu, por meio da Portaria Nº 591 publicada no Diário Oficial da União desta quinta-feira (06), a situação de emergência em diversas cidades gaúchas devido à estiagem prolongada.

A estiagem ocorre quando há escassez prolongada de água, afetando o abastecimento tanto atmosférico quanto de fontes superficiais e subterrâneas. A seca severa no estado veio acompanhada de uma forte onda de calor, acima dos 40 graus em várias cidades. A previsão é que depois de meados de março a situação melhore.

Cidades afetadas pela estiagem

Segundo o documento oficial do MIDR, dez municípios do Rio Grande do Sul estão nesse novo decreto de emergência:

  • Caçapava do Sul
  • Canguçu
  • Colorado
  • Miraguaí
  • Quatro Irmãos
  • Salvador das Missões
  • Santa Maria
  • Santa Rosa
  • São Borja

Essas localidades estão sofrendo com a falta de chuva, afetando diretamente a agricultura, a pecuária e também o consumo humano, gerando impactos socioeconômicos.

Os residentes dos municípios em estado de emergência podem solicitar a liberação de recursos do governo federal. Entre as ações previstas estão a inclusão na operação Carro-Pipa e a antecipação de benefícios sociais.

Lista passa de 40 cidades

Com a inclusão dessas novas cidades, já são mais de 40 municípios com decretos de situação de emergência no Rio Grande do Sul, maior parte deles na região Oeste do estado.

A escassez de chuva traz prejuízos para agricultores e pecuaristas com efeitos já sentidos na economia do estado com perdas em lavouras de milho (-45%), soja (-25%), arroz (-5%) e na pecuária de corte (-8%).