Desde a última segunda-feira (28), todas as instituições financeiras no Brasil devem passar a oferecer obrigatoriamente o serviço do PIX Agendado Recorrente, uma nova modalidade implementada pelo Banco Central (BC). Com esse recurso, qualquer pessoa pode programar transferências de mesmo valor para uma data fixa mensal, beneficiando, por exemplo, quem realiza pagamentos regulares, como aluguel para pessoa física ou uma conta de serviço para profissionais autônomos.

Essa opção permite automatizar transferências para diversos fins, como pagamentos mensais para terapeutas, diaristas, personal trainers e professores de música. Também é útil para outros compromissos recorrentes, como mesadas para filhos, agilizando a organização das finanças pessoais.

Como funciona o PIX Agendado Recorrente

O agendamento é realizado diretamente pelo usuário pagador, que deve fornecer todas as informações no momento de configurar o pagamento. É importante verificar atentamente:

  • A chave PIX do destinatário
  • Os dados do recebedor (pessoa física ou CNPJ)
  • O valor exato da transferência recorrente
  • A data de cada pagamento

Ao confirmar os detalhes, o usuário reduz os riscos de erros e garante que os pagamentos sejam realizados de forma segura.

Diferença entre PIX Agendado Recorrente e PIX Automático

Embora o PIX Agendado Recorrente traga conveniência para transferências mensais entre pessoas físicas e autônomos, o Banco Central planeja lançar, em junho de 2025, o PIX Automático, que será voltado exclusivamente para empresas e funcionará como um débito automático.

Essa modalidade permitirá que serviços recorrentes como contas de luz, água, mensalidades escolares e condomínios sejam pagos automaticamente. Nesse caso, a própria empresa será responsável por fornecer os dados de cobrança, cabendo ao cliente apenas autorizar o pagamento pelo celular ou computador.

Mudanças no Pix entram em vigor em novembro

O BC também anunciou novas regras de segurança para o Pix, que começarão a valer a partir de 1º de novembro. Essas alterações, estabelecidas pela Resolução BCB nº 403, visam aumentar a segurança nas transações realizadas pelo sistema, limitando o valor das operações em dispositivos não cadastrados, como smartphones e computadores.

Com a nova regra, se o cliente utilizar um dispositivo que não esteja previamente registrado no banco, o valor das transações via Pix ficará limitado a R$ 200.

Além disso, caso o cliente acesse o Pix por meio de um novo dispositivo, o limite diário será de R$ 1 mil até que o registro do aparelho seja regularizado junto à instituição financeira. Para transferências que ultrapassem esses limites, será necessário que o cliente cadastre o dispositivo antes de realizar transações de maior valor.

O Banco Central ressalta que o objetivo das novas regras é impedir que fraudadores utilizem dispositivos não reconhecidos pelo sistema para acessar as chaves Pix e realizar transações indevidas. Para dispositivos previamente cadastrados, não haverá alterações nas regras de segurança.