Na última quarta-feira (14), a Artesp (Agência de Transporte do Estado de São Paulo) publicou no Diário Oficial, a aprovação do reajuste em pedágios de rodovias paulistas. Os aumentos podem chegar perto de 12%. As novas tarifas passam a valer a partir da meia-noite, da próxima sexta-feira (16).

Segundo a Artesp, o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), medido pelo IBGE, é o indexador dos contratos de concessão dessas rodovias. A alta considera a inflação acumulada entre junho de 2021, e maio de 2022.

Abaixo, confira todos os detalhes referente a esses aumentos.

Aumentos dos pedágios chegam a 12% em rodovias de SP

Abaixo, confira os novos valores dos pedágios:

  • No sistema Anchieta-Imigrantes - quem sai da capital paulista para o litoral sul: pedágio será de R$ 33,80. As duas rodovias são administradas pela EcoVias, controlada pela EcoRodovias;
  • Nas rodovias Anhanguera e Bandeirantes: Os pedágios cobrados serão de R$ 7,80 a R$ 11,80 para carros de passeio, com variação no valor em cada ponto de cobrança. As rodovias são administradas pela concessionária Autoban, da CCR. O aumento chega a 11,73%;
  • No Rodoanel, no trecho Oeste: o pedágio será de R$ 2,80. A administração é da CCR;
  • No Rodoanel, no trecho Sul e Leste: os valores serão de R$ 4,30 e R$ 3,30, respectivamente. Os trechos são administrados pela SPMar, controlada pelo Grupo Bertin;
  • Estradas no interior de São Paulo, administradas pelas concessionárias Tebe, Intervias, Triângulo do Sol, Renovias e Colinas: O reajuste nos pedágios serão de 10,72%, com contratos indexados pelo IGP-M (Índice Geral de Preços-Mercado), calculado pela FGV.

De acordo com a Artesp, o último reajuste havia ocorrido em julho de 2021. E essa nova alta, deve afetar 2,3 milhões de veículos que circulam todos os dias nas rodovias.

Aumento já estava previsto

Esse aumento nos pedágios já deveria ter ocorrido em julho. Entretanto, na ocasião, o governo de São Paulo adiou a decisão, "devido à sensível conjuntura econômica existente na ocasião, com alta inflação e alta desenfreada dos preços, em especial, de combustíveis, que causaram efeito cascata no bolso do consumidor".

Já no período pré-eleitoral, o governador de São Paulo, Rodrigo Garcia, chegou a dizer que não ocorreria um reajuste de pedágio nas rodovias de São Paulo. Em nota, o governo cita que não podia mais adiar o reajuste, "para não levar à próxima gestão custos assumidos pelo atual governo, que sempre manteve intacta sua responsabilidade social e fiscal e é reconhecido por respeitar seus contratos".