A Páscoa não tem uma data exata para acontecer, ou seja, todos os anos essa data religiosa muda de acordo com o calendário. O que se sabe é que ela sempre cai em um domingo e que sempre é cerca de 40 dias depois do Carnaval. Então, em 2023, quando será a Páscoa?

Segundo o calendário de feriados, nesse ano a Páscoa cairá no dia 9 de abril. Antes dela, porém, na sexta-feira, acontece a Sexta-Feira da Paixão ou Sexta-Feira Santa, que será, portanto, no dia 7 de abril.

Assim, esse pode ser considerado o próximo feriadão brasileiro. Se você está pensando em viajar, já pode se programar. Aliás, a data se aproxima rapidamente. Em poucos dias elas estará aí.

Créditos: Divulgação
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Mas a Páscoa não é o único feriado de abril. Depois dela haverá ainda o de Tiradentes, que também cairá em uma sexta-feira.

Abaixo, você pode conferir o calendário completo de feriados de 2023 e saber mais sobre a Páscoa e Tiradentes.

Feriados de 2023

Os feriados de 2023, segundo o calendário nacional serão os seguintes:

Data Dia Semana Feriado
01 de janeiro domingo Confraternização Universal
20 de fevereiro segunda-feira Carnaval
21 de fevereiro terça-feira Carnaval
22 de fevereiro quarta-feira Quarta-Feira de Cinzas
07 de abril sexta-feira Sexta-Feira da Paixão
09 de abril domingo Páscoa
21 de abril sexta-feira Dia de Tiradentes
01 de maio segunda-feira Dia do Trabalhador
08 de junho quinta-feira Corpus Christi
07 de setembro quinta-feira Independência do Brasil
12 de outubro quinta-feira Dia de Nossa Senhora Aparecida
02 de novembro quinta-feira Dia de Finados
15 de novembro quarta-feira Proclamação da República do Brasil
25 de dezembro segunda-feira Natal
31 de dezembro domingo Último dia útil do ano (Não haverá expediente ao público)

Sexta-Feira da Paixão e Páscoa

Apesar de não ser feriado, o período que marca as comemorações de Páscoa inicia na quinta-feira data que marca o fim da Quaresma (período de quarenta dias que se segue à Quarta-Feira de cinzas). Os Católicos dedicam esse período à penitências em preparação para a Páscoa.

Então, na Sexta-feira Santa - ou Paixão de Cristo - é feriado. Esse dia existe em todos os países de tradição católica e é considerado um momento de reflexão para lembrar do martírio e a morte de Cristo. Nos oficios religiosos há a adoração do Cristo crucificado em missas e outros eventos. Em alguma cidades são realizadas as Procissões do Enterro ou Procissão do Senhor Morto.

O sábado que se segue também é considerado um dia útil, porém, para os Católicos há celebrações. Entre o pôr-do-sol de sábado e o amanhecer de domingo ocorre a Vigília Pascal, a celebração da ressurreição de Jesus. Em algumas cidades também são realizadas procissões no amanhecer de domingo com imagens de Nossa Senhora, mãe de Jesus e com o Cristo ressuscitado. Elas partem de lugares diferentes e se encontram, da mesma forma que teria acontecido na história bíblica.

E do domingo, ocorre então a Páscoa, onde comemora-se a ressurreição de Cristo. Esses dias são considerados por muitos como os mais importantes da tradição Católica e existem desde a os primeiros séculos da Era Cristã.

Tiradentes

Já o dia 21 de abril é o feriado de Tiradentes, apelido de Joaquim José da Silva Xavier. A data marca o dia de sua morte durante o movimento político e social chamado de Incofidência Mineira, organizado em 1788.

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O movimento foi uma consequência do contato dos colonos brasileiros com os ideais iluministas divulgados na Europa, ideais que já haviam, por exemplo, inspirado o movimento de independência dos Estados Unidos.

Os ideais iluministas foram muito difundidos, principalmente, na Capitania das Minas Gerais, o que gerou questionamentos e cobranças, especialmente porque a população já vinha insatisfeita com a cobrança de impostos sobre os colonos que trabalhavam com a extração do ouro.

O que houve então foi uma mobilização das próprias elites da capitania de Minas Gerais contra o domínio português. Planejou-se, inclusive, o assassinato do visconde de Barbacena, que era então o governador de Minas Gerais e que estava cobrando os impostos.

E Tiradentes era uma dos mais ferrenhos envolvidos no movimento porque além de defensor dos ideais iluministas ele também havia sido prejudicado pelo visconde ao ser destituído do comando da cavalaria, órgão que fiscalizada as estradas da região.

Mas o movimento não teve uma conclusão e os objetivos propostos não foram alcançados porque os envolvidos foram denunciados por Joaquim Silvério dos Reis. Ele fez a denúncia em troca do perdão de dívidas com a Coroa Portuguesa. Assim em 1979 os conspiradores foram presos, incluindo Tiradentes.

Durante três anos os envolvidos foram investigados e nesse meio tempo muitos dos presos negaram sua participação no movimento, mas não Tiradentes que acabou sendo visto até mesmo como líder do movimento. Em 1792 a sentença saiu e dez pessoas foram condenadas ao enforcamento.

No entanto, por intermédio da Rainha D. Maria I, nove dos condenados foram perdoados - ainda que expulsos do Brasil -, ou seja, todos menos Tiradentes. Atribui-se a isso o fato de que ele era o menos elitizado e não tinha influência sobre a coroa e também porque ele falava abertamente de seu envolvimento na conspiração, então era considerado perigoso.

Sua execução foi no dia 21 de abril de 1792 e ele ficou durante muitos anos esquecido, até que no Período da Proclamação da República sua história foi resgatada pelos republicanos e ele entrou para a história como um herói e mártir.